Faz uns dez anos que ouvi falar pela primeira vez sobre o conceito verdadeiro da palavra resiliência. Em um curso de gestão do tempo, o professor explicava que essa era uma palavra chave para os profissionais que planejavam ser bem sucedidos e alavancarem a carreira. Na época, toda a explicação não fez muito sentido para mim, mas, hoje, sempre me lembro daquele professor ao ajudar empresas e profissionais a atingir seus objetivos e alcançar sucesso com o que fazem.

Esse assunto é comumente abordado em processos seletivos, e escuto diariamente líderes questionando o motivo de existirem dificuldades para encontrar um profissional resiliente, afinal, esta é uma característica preponderante para uma carreira bem sucedida.

O fato é que esse atributo comportamental não é apenas importante para empresas, mas sim para todo o mercado de trabalho, bem como para todas as pessoas que precisam lidar com frustrações e encontrar formas para fazer a diferença no dia a dia.

Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, resiliência (do inglês resiliência) é a propriedade pela qual “a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de uma deformação elástica”. O conceito, que teve origem na Física — um dos primeiros cientistas a utilizá-lo foi o inglês Thomas Young, que falava sobre resistência de materiais —, basicamente abordava a capacidade de um corpo sofrer deformação e retornar ao seu estado inicial, sem alteração de suas características originais.

Com o tempo, o conceito passou a ser abordado pelas ciências humanas, principalmente pelos pesquisadores da psicologia, que a tratam como a capacidade que o indivíduo tem para lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas.

Nos dias atuais, é praticamente questão de sobrevivência ser resiliente. Vivemos constantemente sob pressões externas e internas.  Quando não existe cobrança nem competição externa, há a cobrança interna, de nós para com nós mesmos, que nos demanda uma tomada de decisão e elasticidade para superar adversidades. Somos lançados, a cada minuto, para novas experiências e competências que exigem uma forma diferente de encarar dificuldades ou mudanças impostas.

São características principais de uma pessoa resiliente: autocontrole emocional para ter tranquilidade diante de um problema; controle das emoções geradas e capacidade de seguir em frente; autoconfiança para acreditar em seu potencial e encontrar uma solução; bom humor para conquistar alianças e facilitar o equilíbrio emocional; otimismo para enxergar possibilidades e acreditar que tudo terminará bem; empatia, para ter capacidade de se colocar no lugar do outro, evitar o egoísmo e conquistar pessoas; coragem para vencer os desafios e criar emoções positivas, e habilidade para o relacionamento interpessoal, para ter apoio social.

Você se considera uma pessoa resiliente? E será que é tão fácil, para você, perceber uma dificuldade como oportunidade?

A resposta será sim, a partir do momento em que você se permitir desenvolver ou adquirir novas características e qualidades para atingir um objetivo.

Acredite em você e em seu potencial para transformar comportamentos limitantes em oportunidades extraordinárias. Adote a resiliência como estilo de vida.

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Original por Joice Vicente

Joice é Coach de Orientação Profissional e Desenvolvimento de Carreira; Consultora de Recursos Humanos; Coautora do livro: “Construa o seu caminho. Você está construindo o seu?” é Sócia proprietária da empresa Carreira em Movimento. Ela atuou por muitos anos na área de Recursos Humanos em empresas nacionais e multinacionais de diversos segmentos, onde teve a oportunidade de descobrir a paixão por ajudar as pessoas a serem felizes no trabalho. Hoje Joice é empreendedora e atua de forma independente em palestras, pesquisas e desenvolvimento de projetos vocacionais, treinamentos e coaching.

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