Codesp analisa aparelhos do sistema de monitoramento. E sondagens para instalação de torres são liberadas

Três dos quatro pontos onde serão instaladas as torres de monitoramento do Sistema de Gerenciamento de Informações do Tráfego de Embarcações (em inglês, Vessel Traffic Management Information System ou VTMIS) do Porto de Santos estão liberados para sondagens. A medida é necessária para a conclusão do projeto-executivo do empreendimento, previsto para ser entregue à Autoridade Portuária em dois meses.

O VTMIS permitirá à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) monitorar e gerenciar, em tempo real, o tráfego de navios no canal de navegação e nas áreas de fundeio do Porto (na Barra e na Baía de Santos). Também possibilitará uma melhor coordenação de ações durante emergências, como desastres ambientais e acidentes entre embarcações.

A implantação do VTMIS, incluindo a elaboração de seu projeto executivo, está a cargo do consórcio Indra VTMIS Santos. Ele venceu a licitação realizada pela Docas para o serviço, pedindo R$ 31,07 milhões pela tarefa.

O sistema de informações contará com um Centro de Controle de Operações (CCO), que funcionará na antiga Ponte de Inspeção Naval da Capitania dos Portos de São Paulo, na Ponta da Praia. O local está em reforma desde fevereiro passado e a previsão é que as obras sejam concluídos em março, assim como o projeto-executivo do empreendimento.

No CCO, serão concentradas as informações captadas nas quatro torres de monitoramento, instaladas em pontos estratégicos da região portuária. A sondagem para a implantação das estruturas já foi liberada na Ilha da Moela (costa de Guarujá), na Ponta de Itaipu (em Praia Grande) e na Ilha Barnabé (Área Continental de Santos). Ainda falta ser emitido o aval para o quarto local, em Guarujá.

As sondagens vão identificar as condições do solo nessas áreas, dados necessários para a instalação das torres.

Com esses equipamentos, a área de varredura do VTMIS irá das regiões de fundeio até o Terminal Marítimo da Usiminas (no Canal de Piaçaguera). Cada torre terá um radar, uma câmera inteligente e um transponder AIS para a coleta de dados das embarcações. Ainda haverá uma estação meteorológica e um marégrafo (equipamento que registra a variação da altura da maré).

“Estamos aguardando a parte de engenharia civil. Agora, aguardamos que eles (o consórcio Indra VTMIS Santos) nos apresentem o projeto”, explicou o diretor de Operações Logísticas da Codesp, Cleveland Sampaio Lofrano, que supervisiona o projeto.

Em paralelo, a Autoridade Portuária analisa os equipamentos adquiridos pelo consórcio para a operação do sistema de informações. A Docas tem de garantir que os aparelhos estão de acordo com as especificações do edital de licitação.

Em seguida, a Administração Portuária deverá avaliar <CW-6>e, se concordar, aprovar o plano de trabalho apresentado pelo consórcio. Nele, estão previstas as obras e a instalação de equipamentos oceanográficos, meteorológicos, além de radares e câmeras de longo alcance.

Coordenação

Monitorar os navios que escalam no cais santista – em 2015, foram cerca de 6 mil atracações – e permitir maior rotatividade no tráfego de embarcações estão entre vantagens da implantação do VTMIS. A comunidade portuária aposta em um aumento da produtividade e um ganho na segurança, facilitando a identificação de acidentes.

Os equipamentos do sistema também vão ajudar a preservar o meio ambiente. Eles poderão identificar vazamentos de resíduos e contaminações no estuário de forma rápida, evitando maiores danos. Isso porque os órgãos responsáveis poderão ser acionados pelos operadores do CCO, que atuarão 24 horas por dia.

FONTE: A tribuna

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